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Grajauense nato,22 anos, Bacharel em Administração, Diretor de Marketing e Comunicação da CDL de Grajaú - MA, Empresário no ramo de informática e consultoria.

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HISTÓRICO DO BAIRRO EXPOAGRA / AEROPORTO

Grajaú, cidade maranhense, situada a 510 km da capital, São Luis. Fundada em 29 de abril de 1881, pelo Alferes-Mor Antonio Francisco dos Reis, vindo do Estado da Bahia. A localidade recebeu várias denominações, como por exemplo: Vila da Chapada, São Paulo do Norte e por último Grajaú, em homenagem aos índios guajajara que inúmeros até hoje em nosso município.

Este município foi desde de sua fundação um ponto de referência para toda região Centro – Sul Maranhense, como: Barra do Corda, Lago da Pedra, Imperatriz, Formosa da Serra Negra, Amarante do Maranhão, Fortaleza dos Nogueiras, Porto Franco, Carolina, Balsas, Itaipava do Grajaú, Sítio Novo, Arame e outros inúmeros municípios.

Grajaú nos idos dos anos 80 até o momento atual tem crescido em números de habitantes, chegando a 52.000 distribuídos em vários bairros, valendo destaque especial para o Bairro Expoagra, que se desenvolvido em todos os aspectos sociais e físicos.

O Aeroporto de Grajaú construído na gestão do prefeito Abílio Brito, em 1940, pertencente à Força Aérea Brasileira – FAB, teve como pouso inaugural um avião “teco teco” militar em agosto de 1942, advindo de Belém – PA, trazendo um para atender e tratar grajauense cometida pela febre conhecida como paratifo, pois não há ainda remédio disponível para tratamento na cidade.

Destacamos a importância da malha viária trafegável em quase todas as ruas e avenidas, tendo inclusive pavimentação asfáltica em aproximadamente metade delas. Outro aspecto importante que nos chama à atenção e o tipo de habitação, pois muitos moradores nos informaram que nos início na formação do bairro, as mesmas eram construídas de pau a pique (taipa), sendo pouquíssimas feitas de tijolos e cobertas com telhas. Hoje o bairro mudou bastante, quase 95% das residências são construídas de tijolos e telhas de cerâmica. Em relação ao comércio são visíveis alguns empreendimentos de destaques, como: Auto Posto Vereda, Auto Posto Nacional, Madeireira Lagoinha, Hotel e Pousada Sertaneja, Igrejas e templos religiosos, Parque de Exposições Zezé Santos, Clube Recreativo “O Trevão”. Rádios Comunitárias “Tropicália FM” e “Expoagra FM”, usinas de beneficiamentos e embalagens de grãos (arroz e milho), farmácia, posto de saúde, fabricação de placas de gesso, e outros comércios de pequeno porte.

Em relação à segurança pública, sempre deixa a desejar, pois muitos moradores não se sentem seguros, não existe nenhuma delegacia ou posto policial. O lazer é praticamente inexistente, pois há disponível somente uma quadra poliesportiva e alguns clubes dançantes.

Há energia elétrica em praticamente 100% dos lares, mas contrastando com a realidade, não há esgoto em nenhuma residência pesquisada, e que somente algumas casas ainda faltam água encanada. A assistência médica hospitalar é precária, pois existe uma UBS – Unidade Básica de Saúde que não funciona, e que está quase há 04 anos em reformas físicas do prédio, segundo nos informou a comunidade.

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MOQUEADO: A FESTA DA MENINA MOÇA


A festa da moça ou festa do moqueado, entre os índios Guajajara, no Estado do Maranhão, Brasil.

A moça Guajajara, ao menstruar pela primeira vez, tem o seu corpo inteiramente pintado com o sumo do jenipapo, uma fruta silvestre que espalhada pelo corpo, depois de algumas horas, fica de cor azul escuro intenso.

A partir do momento em que ela recebe a pintura no corpo, realizada pela avó materna ou pela própria mãe, a moça cumprirá uma dieta alimentar rigorosa. Ela ficará de repouso num quarto escuro durante oito dias, sem poder sair. Lá, ela receberá suas refeições, visitas, e um conjunto de conselhos dados por sua mãe, tias, e avós. Após esses dias, ela sairá do seu quarto de manhã bem cedo. Iniciará a correr pela aldeia, seguida pelos irmãos e outros parentes que correrão atrás dela, a significar que ela será uma mulher ativa, dinâmica e trabalhadeira. Após a corrida, ao voltar para casa, tomará banho com folhas de cajazeira, para evitar que fique com mau cheiro nas axilas. A dieta alimentar continuará enquanto o corpo estiver pintado. Ela não poderá sair para longe de casa, pois o cheiro da tinta do jenipapo é forte e poderá atrair cobras. Em geral, após quinze dias, a tinta desaparece totalmente do corpo. Com isso encerra-se a dieta alimentar e a moça retoma as atividades ordinárias. Essa é a primeira fase do grande ritual.

Com um intervalo de quinze a vinte dias acontece a segunda parte do ritual: é a segunda pintura. A moça será pintada somente da cintura para cima, e as pernas. A pintura de jenipapo, no modelo de uma blusa, é colocada no corpo com o dedo ou com uma taboquinha. Enquanto um parente ou amiga mais idosa está a pintar a moça, outras ralam a mandiocaba (mingau de farinha de mandioca cozida) para fazer o mingau a ser distribuído para os participantes. Na noite daquele dia acontece a primeira cantoria. Os cantores cantam, sacudindo o maracá, os homens e as mulheres acompanham os cantos dançando. Em geral, a festa vai até de manhã. Ao raiar do dia, a moça serve o mingau a todos os participantes e a outros convidados.

A partir deste dia, o pai e a mãe da moça começam a planejar a festa que os Guajajara chamam de festa da moça ou festa do moqueado. O pai articula com os outros parentes a caçada de animais para o moqueado, onde, em geral, todos ajudam. Os animais caçados são: paca, cutia, caititu, anta, macaco, porco queixada, nambu, jacu, juriti, mutum e jacamim. O jacu, contudo, representa o verdadeiro moqueado. Se na região não houver todos esses animais, o moqueado será feito apenas como os existentes. A nambu, porém, não poderá faltar no moqueado, pois somente a carne dele deverá ser passada nas juntas dos braços e pernas da moça e do rapaz no dia da festa propriamente dita.Uma vez que os animais forem abatidos, as mulheres procederão para o moqueado que é uma forma de desidratação e defumação da carne. Estetem que ser requentado todos os dias. Simultaneamente, a mãe da moça, procurará ver se existem outras moças que queiram se juntar a ela. O mesmo fará com os rapazes. Há necessidade que haja um igual número de rapazes e moças a serem pintados. Encontradas as moças e os rapazes parceiros, as mães começam a confeccionar adornos, roupas e enfeites adequados que as filhas e os filhos irão usar no dia da festa. Estas tarefas podem ser realizadas também pela avó, tia ou outras mulheres próximas da família.

Inserção ativa e responsável na vida comunitária

Os demais cantores, bem como as mães e pais das moças e rapazes que irão ser pintados no dia seguinte, sabem que terão que passar a noite inteira cantando e sacudindo o maracá. É uma solene vigília comunitária antes de um grande acontecimento. Não pode haver tristeza, nem cansaço, nem falta de concentração. Todo cuidado é pouco. Nestas ocasiões, inclusive, pode haver perigo de se pegar algum Karawar (mau olhado) principalmente as crianças e os mais frágeis da comunidade. Os cantos adquirem, progressivamente, um ritmo sempre mais acelerado em que, de forma intermitente e sincrônica, as mulheres se inserem com seus agudos agradáveis. Os participantes se sentem envolvidos numa atmosfera quase mágica que os arrasta para a dança. Não há frenesi, tudo parece equilibrado: os cantores compenetrados, as mulheres agrupadas, os participantes que dançam de braços dados, seguindo uma trajetória rigorosamente circular.

Chegou a manhã. Os rojões, ao nascer do sol anunciam o início da pintura. As moças e os rapazes são pintados inteiramente com jenipapo e recebem seus adornos, enfeites e roupa apropriada. A partir desse momento, eles têm que permanecerem de cabeça baixa, sem olhar para os lados, nem conversar e nem rir. Imediatamente prepara-se o fogo para cozinhar o moqueado.

Os cantos mudam, parecem expressar mais alegria em suas melodias. Os cantores puxam as moças e os rapazes para dançar e juntos, de braços dados, com os demais participantes, dançam durante várias horas. Toda vez que termina um canto, ao retornarem a seus lugares ocorrem vários testes de provocações jocosas onde algumas pessoas tentam fazer sorrir as moças e os rapazes. É uma prova para averiguar sua resistência e capacidade de se concentrar. Os rapazes e as moças são chamados a pronunciar frases sugeridas pelo pajé que dirige o rito, e começam a cantar sobre o colar e o cocar que irão colocar naquele momento. Novamente acomodados, uma mulher passa um pedacinho de carne de nambu nas juntas das pernas e dos braços das moças e rapazes, isto para eles não ficarem doidos, mas manter sempre a sabedoria e o equilíbrio necessários. Finalmente, procede-se à confecção de bolinhos da carne do moqueado cozido socada no pilão e misturada com a farinha de mandioca. Os bolinhos são distribuídos somente pelas moças a determinados participantes e a outros convidados. Estes, ao receberem o bolinho, o partilham com todos os presentes. É um verdadeiro rito de comunhão e partilha onde ninguém dos presentes será excluído. Ao mesmo tempo, vem a significar que a partir de agora, as moças e rapazes estão em condições de prover, autonomamente, bens para si e para os outros. Com o fim da entrega dos bolinhos, as moças e rapazes estarão prontos para a vida adulta e formalmente aceitos como membros ativos da comunidade. Isto não quer dizer que não deverão mais se submeter a outras regras e normas, pois quando eles se tornarem pais ou mães, deverão obedecer a regras de comportamento social e dietas alimentares mais rigorosas.

Uma cultura em transformação

Segundo os Guajajaras mais velhos, até poucos anos atrás, sua cultura era mais valorizada e todos acreditavam nos riscos que poderiam incorrer se alguma regra não fosse cumprida com rigor. Antigamente, dizem, não se ouvia dizer que era bobagem acreditar que um rapaz poderia ficar doido se ele ingerisse uma comida sem que antes se esfregasse um pedacinho de carne de nambu nas juntas de seus braços e pernas.

Atualmente, essas regras não são cumpridas na sua integralidade. Hoje, a moça não é colocada na situação de passar fome e sede. Não sabe resistir aos desejos que lhes são proibidos. A mãe não lhe impõe e não cobra dela, tarefas que são rigorosas, mas que possuem um valor educativo muito importante. Hoje, as moças e os jovens não são testados e educados suficientemente em sua capacidade de resistência. Parece, dessa forma, que a cultura Guajajara não guarda mais mistérios. Tudo parece que pode ser explicado, supostamente, de forma cientifica. Entretanto, observa-se, hoje, o alto grau de desequilíbrio mental e desagregação social que há em muitas comunidades em que tradições e normas que regulam os comportamentos humanos não são observadas. A cosmogonia Guajajara construída ao longo dos séculos, está sendo interrompida ou, quem sabe, varrida, pelo poder avassalador dos mídia dos Karaiw (não índios) ou, talvez, está sendo redefinida sobre bases ainda desconhecidas. Quais são os novos valores e pilares referenciais sobre os quais se quer construir o novo homem e a nova mulher Guajajara? Esta é a grande questão que os pajés e caciques Guajajara se colocam, ao vislumbrar, talvez, um inevitável desmoronamento de um universo que lhes parecia até pouco tempo atrás, equilibrado, ordenado, em que não havia explicação para tudo, mas tudo tinha sentido.

Os cantores não cansam de se deixar inspirar e compor cantos sobre pássaros e animais de uma floresta sempre mais despida e órfã de seres vivos. Os pajés teimam em convidar para a dança e repassar conhecimentos e precauções a serem adotadas pela comunidade. Naquela noite carregada de estrelas e mistério, mesmo sem lua cheia, os maracás pareciam chocalhar mais alto do que as notas das músicas agitadas dos Karaiw trazidas pela morna brisa silvestre.

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Grajaú - História

Grajaú é um município brasileiro do estado do Maranhão. Sua população, de acordo com a Contagem da População 2007 era de 54.135 habitantes.

História de Grajaú
O atual município de Grajaú originalmente foi um porto de uma fazenda denominada Chapada, pertencente a Manoel Valentim Fernandes. A sua fundação e conservação marcou a ocupação dos sertões do Maranhão, expulsando os indígenas que até então habitavam a região.

Em 11 de março de 1811, o alferes-de-milícias Antônio Francisco Reis, em companhia de pessoas de sua família, habitantes da alta ribeira do Grajaú, foi o primeiro que, navegando este rio e por ele descendo, em pequenos barcos fabricados para tal fim, depois de repetidas viagens e convidado talvez pelos lucros que deveria ter percebido das suas diligências, veio então estabelecer-se no local. E para que com mais felicidade, como lhe convinha, se pudessem fazer em qualquer tempo estas viagens, povoou ele e outros o mesmo porto da Chapada na ribeiro leste do dito rio, construindo casas para vivenda e depósitos para sal e gêneros de que ali se vinham prover, com muito prazer e cômodo, os moradores das outras ribeiras vizinhas, chegando ao número de 40 as pessoas que, no porto, logo àquele primeiro passo, se propuseram a habitar.

Os índios timbiras e picobigês, estabelecidos na outro parte do mesmo Rio Grajaú, ciosos dos progressos da nova povoação que os assombravam e impediam de fazer no interior as suas correrias costumeiras, resolveram livrar-se dela, e o fizeram com Paulo Ribeiro, queimando vivas 38 pessoas dentro das sua próprias habitações, o que barbaramente puseram fogo, bem como às embarcações abicadas na praia, levando o sal e gêneros que puderam e lançando no rio ou queimando o restante. Como sinal de que naquele lugar um dia fora povoado, deixaram os índios somente ossadas expostas no meio das ruínas solitárias desta carnificina ocorrida em 1814, todavia, escaparam com vida 6 pessoas que andavam para fora da povoação, na época do massacre.

Em 1816 tentaram novamente aqueles moradores restabelecer um porto público na mesma alta ribeira do Grajaú, a que chamaram São Paulo do Norte. Um pequeno destacamento de tropas lhes dava assistência. Entretanto, posteriormente, o mesmo foi retirado, ficando a povoação sem qualquer outra espécie de socorro e, em 1817 foi organizada outra expedição composta de 40 soldados, vinda da Capital. A evolução social processou-se lentamente, apenas se consolidando ao limiar do século XIX.

Pela Lei provincial n.º 7, de 29 de abril de 1835, do então Presidente da Província, Pedro da Costa Ferreira, o antigo povoado São Paulo do Norte foi elevado à categoria de vila, passando a chamar-se Vila do Senhor do Bonfim da Chapada e desmembrada do município de Pastos Bons, vindo depois a se chamar: Vila do Nosso Senhor do Bonfim da Chapada de Grajahú. Em 1856, a vila da Chapada contava 79 casas, das quais 6 eram cobertas de telhas, habitadas por 341 pessoas, sendo 18 escravos, existindo, ainda mais na margem esquerda, 11 casas com 79 habitantes.

Origem do nome Grajaú
O nome Grajaú originou-se de guajajaras, tribo que ocupava a margem do rio que banha a cidade. Formado das duas primeiras sílabas da palavra Guajajaras, acrescido da vogal "U" que na linguagem daqueles silvícolas queria dizer - muito. Portanto, Guaja muitos, significa que eram muitos os componentes da tribo. Depois, por eufonia, passou a ser chamado Grajaú, nome até hoje conservado. Outro significado aceito é de que Grajahú teria sido derivavação de Guarajahú- que era uma rede de palha usada para a captura de aves ribeiras(tipo Guarás)- muito usada pelas tribo de outrora, daí teria saído a corruptela Grajahú que se firmou como o nome da cidade, mantendo o H até meados dos anos 50(facilmente comprovado em documentos antigos.

Estabelecimentos Bancários
Banco do Brasil S.A.
Bradesco
Sicoob

Infra-Estrutura Disponível
Enérgia Elétrica
• Alta tensão – 138 kv
• Baixa tensão – 380 / 220 v

Água
• Manancial superficial através do Rio Grajaú
• Subterrânea – captação através de poço artesiano
para diâmetro – 6’’
• Profundidade – 250 m
• Vazão média – 40 m³/h

Telecomunicações
• Fibra ótica, com ligações via internet

Sistema Inter Modal de Transporte
• Rodoviário
Federal – BR-226 interligações para Teresina, São Luís e Porto Franco
Estadual – MA-006 interligando Balsas à Santa Inês
• Ferroviário – distância 165 km da Ferrovia Norte-Sul, conectada à Estrada de Ferro Carajás, EFC, com destino ao Porto do Itaqui – São Luís
• Informações Gerais
• Localização Geográfica – LAT. 5,819°, LONG. 46,139°
• Distância para São Luís – 580km
• Distância para Belém – 850km
• Microrregião de Presidente Dutra 200km
• População – 47.023,00 Hab.
• Área – 7.174km²
• Hospitais – 2 (147 LEITOS)